segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Obama ou McCain? Qual o melhor candidato para o Brasil?

As eleições norte americanas acontecem oficialmente amanhã, terça-feira, e as pesquisas indicam maior chance de vitória do democrata Barack Obama. O republicano John McCain, atrás nas pesquisas, não pode ser considerado, porém, carta fora do baralho. Tudo pode acontecer nas eleições de um país que já elegeu um presidente que perdeu nos votos populares, o republicano George W. Bush.
No entanto, a pergunta que fazemos é: qual seria o melhor presidente para as relações com o Brasil? Obama ou McCain? É isso que vamos analisar agora.
Mas antes, o G1, portal da Globo.com, disponibilizou um teste para saber com qual candidato você mais combina. Clique aqui e saiba se você é um potencial eleitor da chapa Barack Obama e Joe Biden ou John McCain e Sarah Palin.

Em relação à economia, o melhor candidato para o Brasil, que traria benefícios nas relações econômicas entre nosso país e os EUA seria o republicano John McCain.

A principal vantagem para o Brasil de uma vitória de McCain estaria na economia, segundo Susan Kaufman Purcell, diretora do Centro de Políticas Hemisféricas da Universidade de Miami. “Em termos de políticas concretas, McCain parece ser melhor para os interesses do Brasil em relação à política do etanol. Ele falou contra os impostos norte-americanos e contra os subsídios ao etanol de milho no país. As duas posturas são boas para a economia brasileira”, disse, em entrevista ao G1.

Ambos os candidatos vêem a dependência americana em petróleo estrangeiro como um problema a ser superado. Obama avalia que a dependência norte-americana do petróleo contribui para os dois lados da guerra contra o terrorismo e para a manutenção de regimes autoritários exportadores de petróleo. Por sua vez, McCain mostra-se resoluto acerca de sua disposição de cortar o fluxo de dólares que financia regimes autoritários, como o Irã. O candidato lembra que o Irã faturou 66 bilhões de dólares com a venda de petróleo só no ano de 2007 e sublinha a necessidade urgente de evitar-se a transferência desses recursos para países com interesses contrários aos dos norte-americanos.

Para garantir a autonomia energética de seu país, McCain posiciona-se contrariamente a soluções ineficientes de mercado, como a produção de etanol a partir do milho, que, segundo o candidato, apenas beneficia os interesses de um pequeno grupo de produtores nos Estados Unidos. Simpático ao aproveitamento de idéias já implementadas por outros países, como o Brasil, no caso da produção de carros flex e do biodiesel da cana, McCain instiga as empresas automotoras norte-americanas a acelerarem a produção de veículos flex, de modo a converter 50% da frota estadunidense até 2012.

Barack Obama adota, por sua vez, um tom mais protecionista e defende o etanol do milho, concorrente do etanol da cana brasileiro: Obama posiciona-se inequivocamente à favor da promoção de biocombustíveis produzidos domesticamente. Marcado por forte protecionismo, o democrata assegura que, uma vez eleito, Washington criará um fundo de 150 bilhões de dólares para que tecnologias produzidas ‘nos’ EUA tornem-se mais rapidamente comercializáveis ‘naquele’ país e, posteriormente, no resto do mundo. Obama não expressa comprometimento com o etanol derivado da cana, tampouco menciona interesse em parceria com outros países que já detenham tecnologias de produção de biocombustíveis mais eficientes no mercado mundial. Em vez disso, o candidato destaca o êxito de agricultores em Iowa, que trabalham com o etanol do milho, e omite-se sobre as potenciais distorções que esse produto pode provocar no setor de alimentos.

Nota-se, portanto, que a ideologia economicamente liberal dos republicanos pode beneficiar o Brasil. No entanto, há outros fatores a serem levados em consideração. Politicamente, o candidato democrata Obama parece ser melhor para o Brasil e para os países da America Latina.
“Obama parece mais disposto a negociar, encontrar os líderes e grupos que normalmente não têm apoio dos EUA. Ele teria uma posição mais suave em relação a Cuba, a Chávez, Morales. Nesta situação, acho que Obama melhoraria as relações dos EUA com o Brasil, sem obrigar este importante aliado a ter nenhuma postura especifica, mas poderia negociar mais acordos, o que seria bom para os dois países. Acho que Obama seria melhor para o Brasil”, disse John Crocitti, professor de história da América Latina na Universidade Mesa, da Califórnia, especializado em Brasil, em entrevista ao G1.

“Obama teria um olhar mais aberto para fora dos Estados Unidos”, diz Crocitti. “Ele estará aberto aos latinos, aos africanos, aos europeus, mas sem comprometer os interesses dos Estados Unidos. Vai ser uma mudança de forma, em vez de se impor pela força, Obama vai tentar formar mais alianças multilaterais, sem necessidade de força militar. Ele não vai ser uma salvador do mundo, mas vai dar uma nova cara às relações internacionais dos EUA.”



A expectativa criada por todo o mundo em torno de Obama vai acabar forçando seu governo a ter uma postura mais liberal, de esquerda, por mais que esta não seja necessariamente sua proposta. McCain não vai aceitar nenhum tipo de pressão, e quando ela acontecer, ele deve reagir de forma militar.”

A eleição de Barack Obama seria algo que acalmaria os ânimos de todo o mundo: após 8 anos de políticas desastrosas do governo Bush, desde a Guerra do Iraque até a falta de controle da economia norte-americana, que levou à crise global que se iniciou no setor imobiliário dos EUA, Obama traria novos ares ao mundo político global, adotando medidas contrárias àquelas do governo Bush e trazendo novas ideologias à forma como os EUA lidam com o mundo. Somente o fato de os americanos terem eleito um presidente negro, caso Barack Obama realmente vença, já mostra uma mudança nos paradigmas norte-americanos, sinalizando alterações não só na maior potência econômica e política da atualidade, mas também em todo o mundo.


Fontes: G1 e Revista Autor
by Francisco Ladislau

5 comentários:

Francisco Pereira Ladislau Neto disse...

É bom saber essas informações, como a eleição dos EUA vai nos afetar nos brasil..
essa blog tá ótimo! :D

Anônimo disse...

Muito legal o post, e o blog! Exclarecendo muita coisa! Parabéns!
Obama seria melhor no geral, politica externa e social, mas mccain é muito mais mercado livre e aberto que Barak!!Que venha qualquer um!

Alê disse...

Nossa!
A-do-rei o artigo!
Parabeeens mesmo, o blog ta muito bom! ;]

Dani ! disse...

O meu teste deu que eu seria eleitora do OBAMA!!!!!!

Mas no fundo...
penso que qualquer um dos dois eh melhor que o Bush!!!!

Uma pena que uma eleição tão importante como a dos EUA, [talvez a que mais tenha repercussão mundo afora], tenha um processo tão nebuloso...
com gente votando antes, depois, durante,..Pesos diferentes dos votos;;
Uma confusão!
demorada...

Nisso o Brasil da de 1000 neh?!

Unknown disse...

Muito bom!